segunda-feira, 30 de abril de 2012

Análise do Torcedor: Criciúma


Por: Ricardo Bernardo.


"Esse deve ser o sentimento da maioria da torcida tricolor. A
maior torcida de Santa Catarina sofreu com o Tigre tanto no Campeonato
Catarinense, quanto na Copa do Brasil.

Repetindo um quadro comum nos últimos anos, o Criciúma
apresentou dentro de campo um futebol digno de várzea. Contratações em
quantidade, mas poucos com qualidade para vestir a camisa do clube e aspirar
algo maior.

No Catarinense, o Criciúma mostrou desde o início a que vinha:
Não brigar por nada. E assim foi. Um 1º turno lamentável, onde o Criciúma
terminou na 7ª colocação, atrás do forte Ibirama e conseguiu a façanha de não
vencer o lanterna e saco de pancadas da competição em casa, o Marcílio Dias.

Márcio Goiano não era o principal culpado, o problema do
Criciúma  é seu elenco desqualificado.
Dois laterais fraquíssimos, uma zaga que bateu cabeça e cometeu erros infantis
em vários jogos e a falta visível de um meio-campo de qualidade. Aquele jogador
que sabe criar, dar um passe de qualidade, fazer uma tabela rápida, deixar o
atacante na cara do gol, isso não existiu.

Sílvio Criciúma passou a comandar a equipe e melhorou o
rendimento, mas como analisar o rendimento de uma equipe jogando contra o
Brusque?

Nos jogos contra os principais rivais, o Criciúma só
derrotou o time misto do Figueirense, ademais, empates e derrotas.

O time chegou a fazer um placar elástico de 7x0 contra o Camboriú,
mas sinceramente, o que é Camboriú no futebol? Porém, as vitórias escondem
erros. O Criciúma em nenhum momento demostrou qualidade para querer algo mais.
O returno provou isso novamente. Mesmo chegando com chances na última partida,
foi presa fácil em Chapecó e acabou como o único entre os 4 grandes eliminado
das semi-finais e terminando na vergonhosa 7ª colocação.

Na Copa doo Brasil a falta de qualidade ficou mais visível.
Eliminar o Madureira no RJ não é algo pra se comemorar. Viria pela frente, um
teste de verdade, o furacão. Depois de ser dominado pelo CAP, o Tigre empatou o jogo
com um gol irregular e 2 minutos depois em uma lambança do sistema defensivo,
levava o 2º gol. Sílvio Criciúma  é o que
menos tem culpa na história, mas um cara que foi um bom zagueiro na carreira,
deveria ter uma zaga mais entrosada dentro das 4 linhas.

O jogo da volta em Curitiba deveria nem ter existido. Deixou
a esperança a torcida, que ao menos o Criciúma demonstraria vontade, mas com um
futebol varzeano, foi literalmente humilhado pelo CAP, ou pelo Guerron, que
provavelmente depois dos 2 jogos, foi dormir sonhando em enfrentar o Criciúma
novamente.

É claro que muito dessa situação já era notória. Que torcida
pode se animar com  Capixaba, João Victor,
Guilherme, Itaqui, o falastrão Andrey e os grandes contratados Ozeia e Douglas?

No meio disso tudo, o melhor jogador do time, o artilheiro
Zé Carlos, botou a boca no trombone e comentou os erros dentro do clube. Claro
que ele levou um gancho.

Diante da falta de um time, que aos olhos de todos precisa
de muitos reforços para ao menos pensar em um acesso a série B, esteve a nação
ao lado do clube. Mesmo assistindo um futebol deprimente, o Criciúma teve a 3ª
média de público geral, antes das semi-finais, com quase 5 mil pagantes por
jogo no estádio Heriberto Hulse. E mesmo fora das semi-finais, o Criciúma ainda
se mantém em 3º e vai ser superado pelo Avaí somente na final, até porque, o
Avaí não tem torcida, seria incomum que passassem o Criciúma mesmo em condições
melhores, só com uma final mesmo. Na Copa do Brasil, um bom público e um
caldeirão por parte da torcida que gritou alto pelo maior clube de SC, mais de
11 mil torcedores, para um borderô de 8.500.

Somado a toda a mediocridade do 1º semestre do Criciúma,
sobrou presidente chorando e Pastana contando histórias pra boi dormir. Formar
um time decente e contratar jogadores de qualidade, parece ser um desafio
impossível para o Criciúma.

As contratações para a série B já começaram... Paulo
Comelli, Marlon e muita oração por parte da torcida. Ao menos Rampinelli voltou
e é uma pequena esperança de melhoras."

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